terça-feira, agosto 23, 2022
Janice Japiassu
Pedrinha, miudinha
Pedrinha de Aruanda aê
Lajedo tão grande
Tão grande de Aruanda aê
Janice, parece Clenice
Clenice minha mãe...
Janice se encantou
Um dia após meu aniversário
Dia 20 de maio
No ano que minha mãe
Também se encantou
2019
Japiassu, feito uma ave,
Um sanhaçu...
Uma passarinha,
uma sibita...
Janice, feito algo
que já nasce bom
Sertaneja feito minhas raízes
Sertaneja feito minha infância
Uma conterrânea, terras irmãs
São José e Monteiro
Pinto e Louro eternizaram esse casamento
Janice bate minha porta
Uma pedra de sal
Mareja a face
Quanta conexão
Poeta sertaneja, artista plástica, compositora...
Me vejo nascendo em Janice
Janice nascendo em mim
Clenice que me pariu
Janice sobre essa pedra
Em Aruanda uma conversa escapa,
E parece me encontrar
As duas mandando recados
Tomando um chá de eternidade
Devo cantar essas Eguns bonitas
De nomes parecidos
De parecidas lidas
Clenice parece com Janice
Mesmo sufixo
Nesse reflexo
Uma rima
Me deixo nesse círculo
Me debruço nessas garotas
Me acho nessas esquinas
Minha poesia se apoia
Nessas pedras, pequenina,
Se alicerça
E enraizo,
pra que cresça
Clenice, Janice
Janice, Clenice...
Um eco de água entre as pedras..
Minhas ancestrais.
quarta-feira, junho 01, 2022
Funilaria Martin
Funilaria Martin
Chegamos cá de mudança
Vamos daqui pr’outro chão
No corcel nosso cavalo
Galopante de invenção
Correndo atrás da história
Com a história na mão
Viemos cá galopando
O carro é nosso corcel
Feito um cavalo de fogo
Das profundezas do céu
Doce azul da mãe de cristo
Cristalino feito mel
Nos vermelhos dos caminhos,
Barreados e tingidos,
Protegidos pelos santos,
No amor dos tempos vividos
De tudo o que contemplamos
Estamos abastecidos.
Nos milagres ascendidos
Nos silêncios na estrada
Parando a gente dialoga
Da maneira mais sagrada
Reinventando a história
Com poesia cantada.
Pelas estradas que fluem
Saltam paisagens verdosas
E vacas pastando céu
Azul, e verde babosa
Parece um sertão bonito
Da cor de Guimarães rosa.
Lu
Achamos até que enfim
O canto tão procurado
Aqui é o recomeço
Do nosso sopro sagrado
Mas pra chegar no agora
Caminho já foi andado
Jaboticaba, janela
Batom, criança, costura,
Cachorro, velha, tijolo,
Realidade e loucura,
Cata-vento, Lua e Sol,
Terra, verde, aventura
Dinheiro pouco, boneco
fábrica, posto, visão
Pano na mala, teatro
Silêncio, rádio, amplidão
Dívida de pai pra filho
Escritura da missão
Cachaça, doce Avenida,
Arco-íris e cordel,
Dinheiro que nem servia
Mas que chegou no chapéu
Sumindo por conta própria
Pois nosso olhar tá no Céu
Na dança dos malabares
No fluir da bailarina
Na pintura do palhaço
No sorriso da menina
No som das palmas contentes
Nas cores da nossa sina
Mambembando pela vida
Mais fantoche do que gente
encontramo outra boneca
na freqüência do repente
cantando no violão
oferecendo o presente
vampiro, brinco, leveza
sorriso, aperto de mão
beleza, sonho, surpresa
estrela na imensidão
sementes, flores, clareza
serpente, fogo, paixão
anaíra
Cá nesse corcel de vento
Tem uma estrada embutida
E em cada um passageiro
Uma estrela bem luzida
Que nos guia pela terra
Chegada, volta, e partida
Sendo essa a forma da vida
Traçamos nossa viagem
Querendo encontrar um canto
Que também é só passagem
Mas que guarda alguma graça
Desse campo de linguagem.
O carro tem engrenagem
Tao qual a vida e o trem
A gente está no sistema
É engrenagem também
Quando a gente entende isso
Consegue ir mais além.
É o caminho do bem
Da flor e do paraíso
Paraíso que é interno
E vem em tempo preciso
Não chega quando se quer
Mas quando aquieta o juízo.
E é por isso que eu friso
No mapa da oralidade
Que a pergunta e a resposta,
Moram na mesma cidade
Comem da mesma comida
Vivem da mesma vontade...
Pela sincronicidade
É que de fato se encontram
E aí, na plenitude,
É que as verdades brotam
Feito sementes doridas
Feito folias que saltam.
Diana pergunta a Paco:
– Não é melhor ir direto
Pra Milho Verde e deixar
Essa dívida a pagar?
– Diana, não é correto,
Se a dívida engabelar,
Não rumo caminho certo.
E sem ter o peito aberto
Não viajo sossegado.
Pagando fico tranqüilo,
Se não pago, sou cobrado,
Não pelo homem a quem devo
Mas pelo peito fechado.
E com esse carro assim,
Sem placa e sem pára-choque.
Não se vai a muito longe
Desse jeito “não dá rock”
É melhor ir até lá
Que arriscar o reboque.
E a gente ainda pode
Ir por aí arriscando
Parando pelas cidades
Ganhar dinheiro brincando
Que quando menos sonhar
A gente vai estar chegando.
Sem muito pensar no quando
Vamo embora sem demora
Que tudo que a gente pensa
Vira verdade uma hora
Com a benção de São Cristovão
Tamos protegido agora.
E o carro arranca na beira da estrada,
Sem placa, sem mapa, e sem pára-choque...
Diana e paco caminham sem norte,
Dali em um pouco dão uma parada.
É pouca a palavra, e longa a estrada
E faz-se o caminho com coisas pra ver...
Alerta, vermelho, quer abastecer...
Semelhante o carro, azul e solar,
Diana arregala o globo ocular
E afasta a cortina à flor do saber.
Atrás da janela do tempo correr
Tão calma paisagem do dia que cora
De linda criança, de bela senhora
De flor que se abre e alimenta o ser
De sol e de chuva da planta crescer
De amor de amora e de jabuticaba
De coisa que nasce e de coisa que acaba
De linha e costura, de flora e bordado
Da flor do aberto, da flor do guardado
Da cor do batom e da cor da goiaba.
Debaixo de uma jabuticabeira
Uma velha senhora, sentada, costura
Pequenos paninhos que a neta pendura
Naquele varal, toda companheira
Enquanto a avó fica ali na cadeira
E ensina a menina, se eleva o cenário
A cor, o carinho, a flor, o canário
O canto, o silêncio, e a paz celestina
A neta e a velha, a vó e a menina
A coisa mais bela da era de aquário.
(de quando chegam á ‘campina grande’, e encontram dona
Mabel)
Chegando a outra cidade
Colorida flor de graça
De um jardim de cata-ventos
Minha poesia se engraça
E soprando cria ventos
A onde o vento não passa.
Foi então naquele dia
Perto de uma usina velha
Num milagre de Miguel...
Num cenário cor-de-telha
Que encontrei outra rosa
Numa paisagem vermelha
Ali eu era uma abelha
Que encontrou sua musa
Na loucura de um Quixote
Que em sua trova profusa
Numa miração de pedra
Por onde passou medusa
Lá conheci uma deusa,
A Senhora Mãe do Vento,
Batendo as asas de Iris,
Na contemplação do invento,
Entendendo a liberdade
Das gentes, dos movimentos.
Com tantos ensinamentos
Pude expor para a platéia
(Um cachorro, a deusa, e paco)
A verdadeira colméia
E dos moinhos de vento
Não faltou a Dulcinéia.
Lu
(1ª parte)
A estrada é nossa morada
vivemo atrás de um lugar
Que ninguém sabe se existe
Ninguém nunca ouviu falar
A cidade é Tatuí
Você sabe onde encontrar?
Com a benção de são Cristóvão
Seguimos nesse Corcel
Eu sendo esse mamulengo
com meus versos de cordel
e meu par sendo o pai dele
que observa lá do Céu
Funilaria Martín
é o destino primeiro
é lá que tá o credor
de Paco, meu companheiro
Por isso rodamos tanto
Nesse carro aventureiro
Só que tem a gasolina
Que é preciso pr’ele andar
E isso custa dinheiro
Ainda mais quando não há
Sinal dessa Tatuí
Onde danado ela tá?
Depois é pra Milho Verde
O rumo da caminhada
E nas estradas, nos Céus,
Prosseguimos na jornada
Nos encontrando nos outros
Vivendo a vida sonhada
Da cortina da janela
Fui velha, uma criança
Varal, árvore, batom
É o tom da minha dança
Sou água de melancia
Repleta de esperança
Chegamos nessa cidade
Vazia e silenciosa
Pra enchê-la de emoção
Interpretando em glosa
a estória do presente
poetizando a prosa
E agora ao nos encontrar
Com a Senhora, Mãe do Vento
Mensageira como Íris
Doutora desse elemento
Pedimos só uma benção
De’um desses seus Cata-vento
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(2ª parte)
Salve Salve Santa Rita
Salve povo encantador
Viemos contar estória
É esse o nosso valor
O Vento foi quem nos trouxe
Ele é o nosso professor
Saímos de muito longe
Vivemos na longa estrada
Procuramos Tatuí
Ô cidade procurada!
Só que ninguém sabe dela
Nem no mapa tá mostrada.
Tivemo em muita paragem
Nos vimos em todo canto
O carro é o nosso mocambo
Ele é um fiel recanto
Mas bebe um gás danado
Nos deixando sem um conto
Percorremos muitas léguas
Atrás de uma Funilaria
Martín é o nome dela
É ela a moradia
Do homem que o pai dele
Ficou devendo algum dia
Tamos indo lá pagar
Não sabemos bem o quê
Só que temos que ir saldar
A dívida de um outro ser
Para que meu companheiro
Possa tranqüilo viver
Olhados por São Cristóvão
Seguimos na travessia
Encontros encantadores
Perfumam a nossa via
Batom em mão de criança
Na boca de quem a guia
Vimos as asas de Íris
Aplaudir a nossa estória
Junto a Paco e um cachorro
Escutou nossa memória
Nos deu de presente Vento
Abençoou –nos de glória
Muitas Luas se passaram
Muitas águas, muito chão
Juntamos algum dinheiro
Mas ele mal paga um pão
E agora agradecemos
A todos a atenção
Nós saudamos essas águas
Essa terra, esse presente
As plantas, os animais
Saudamo a Lua Crescente!
Saudamos nosso Deus Sol
Nesses versos de repente
Catavento na janela
Prosseguiremos viagem
Nosso rumo é Milho Verde
Tatuí é só passagem
Suspeito ser Tatuí
Uma cidade miragem.
da genese - incompleto
ATO I
O COMEÇO
Pessoas aqui,
presentes
As graças deste lugar
Peço cá que cá escutem
A história que vou
contar
Pois não vem de tão
distante
É um recado do lunar.
E sentindo, a
transmutar
vôo unindo os
elementos
grito à água, vem a
chuva
tempestade, vem o
vento
cai na terra, nasce a
planta
pau que cresce, o fogo
invento
Tendo cada um elemento
a este enrredo evocado
nossa verdade é
completa
entre a coragem e o atado
pois enquanto estou
tecendo
me aproximo do sagrado
É a metafora do nado
de um peixe umbilical
criatura que broteja
ramando do milharal
herdado o sangue da
terra
nessa trasmissão natal
Corpo de carne vital
é matéria, um
instrumento
capaz de apreender
diante da coisa
invento
a essência limiar
numa brincancia de
vento
A pouco e a passo
lento
entre frestas de
outras portas
nasce a gente e logo
crescem
fome alimentando as
hortas
das sementes que
brotejam
e que pareciam mortas
Com a verdade que
corta
sai da urna o rico
bredo
milagreando a nascente
e o sol que acorda
cedo
da flora que vem tocar
com as luzes de seus
dedos.
cresceu um grande
arvoredo
junto das gentes
cresceu
mas as gentes não
sabiam
de onde tudo nasceu
somente desconfiavam
que cada qual era um
eu.
Fazia dias que o breu
Tinha invadido o céu
Encontrou sua morada
Nessa imensidão cruel
E se amigou de uma
nuvem
Que sempre lhe dava
mel
O escuro se subiu
E a poeira assentou
A gente não tinha asa
e da terra não voou
e foi um grande
mistério
Que a escuridão
carregou
Nesse tempo todo escuro
O urubu quem mandava
Chefe de todas as aves
Que lá de cima avistava
As gente daqui de
baixo
Em quem elas defecavam
Ato II
O MAU AGOURO
Boa noite dou ao povo
e ajuda eu peço ao
vento
pra falar do
sentimento
que cabe dentro do ovo
não é sentimento novo
é coisa velha e antiga
também cabe em cada
grão
da amarela espiga
é coisa que me intriga
e que aqui peço e
louvo
que a memória me siga
e me ajude enquanto
trovo
O tal fato ouvi de um
corvo
que cantou, agouro mal
Ele voava em contraste
com o sol do milharal
e partilhava o
mistério
da inteireza dual.
A cinza, o mel, o
cristal
o sopro das criaturas
a essência das
escrituras
e o caminho do tao
ninguém mais sabia
igual
só esse corvo sabia
a tudo ele conhecia
consciente do real
mas nesse quadro atual
não há real que se
sendo
que mesmo que
escondido
não acabe aparecendo
Cabeça negra mexendo
Em silêncio gorgeou
E o dia branco de sol
Logo em seguida geou
E o branco que era
gelo
Com o tempo degelou.
Conhecia, o corvo,
mitos
De antepassadas
culturas
Os mistérios infinitos
Almanaques e misturas
e partilhava dos ritos
das medicinas seguras
Serrita
Serrita
Uma benção passar por essa terra
Receber o carinho de vocês
Ilumina o caminho de nós três
Essa luz que aih não se encerra
Sobe monte, se estrada, corre serra
Nos dá força na volta pra cidade
Nos refaz o poder dessa amizade
Cada gesto, alimento de carinho
Pois aqui na fazenda salgueirinho
Encontramos muita amorosidade.
Exu/ Serrita, com Marina – dezembro de 2012
Voltando ao mapa da fome
Voltando ao mapa da fome
Geografia maldita
A que a escassez envolve
vazio o bucho revolve
fome que se reedita
cartografia esquisita
a de um povo que não come
enquanto o rico consome
o que quer, o que deseja
o pobre somente almeja
procura e logo lhe some
O Brasil tinha saído
mas já entrou novamente
e aquele despresidente
pode ser atribuído
um país acometido
por um desmonte imoral
se falta o essencial
pode saber que é por gosto
e essa corja tem rosto
são a face desse mal
Besta fera apocalíptica
corrói tudo feito praga
envenena, deixa a chaga
em sua anti-política
de fake faz sua mítica
mortifica e condena
volta a miséria pra cena
numa sordidez infame
queremos outro ditame
que refigure o poema
Alegre foi ter saído
daquela extrema pobreza
já se via mais beleza
de um tempo bem vivido
país melhor conduzido
tava num rumo melhor
mas voltamos ao pior
e ainda mais apurado
com um nazi chefe de Estado
pense num momento o ó
Recordo na minha infância
pela porta um: “Tem cumê”
coisa triste de se vê
miséria e mendicância
em paralelo à ganância
um projeto que tem nome
e enquanto o povo não come
o rico ostenta um pernil
É triste ver o Brasil
voltando ao mapa da fome
Um país adoecido
vai além da pandemia
não cabe na poesia
o quanto se tem sofrido
um cansaço estarrecido
um ambiente hostil
mais um que morre de frio
outra barriga a roncar
a fome achando lugar
é retrato do Brasil
muito desvalorizado
o sal do nosso suor
endereçado ao pior
o povo escravizado
tudo super faturado
o rico enricando mais
discrepâncias sociais
tributos sem repartir...
Mas se a gente se unir
Derruba esse Satanás
terça-feira, maio 24, 2022
cordel do enfrentamento
dentre os grupos oprimidos
a mulher tem um destaque
importante a ser sabido
são elas quem sofrem mais
e o intento desses Ais
precisa ser resolvido
Esses queixumes reais
são diversos e oportunos
uma luta de muitas frentes
com objetivos unos
promover a igualdade
respeito a diversidade
pra refazer esses rumos
As violências são muitas
que aqui vamos elencar
mas tem umas principais
que é importante citar
fiquem atentes, anotem
para poder recordar:
Física e psicológica
moral e sexual
também outra violência
é a patrimonial
e todas essas porém
podem vir juntas também
são faces e um mesmo mal
A lei reconhece 5
dos tipos de violência
e encontrando essa lógica
dos que tem mais prevalência
aquelas que de tão drásticas
querem tirar nossa essência
Mas são muitas violências
é diverso o patamar
tem alguma que cês lembram,
para poder elencar?...
Eu me recordo de uma
que é importante citar
A violência política
vemos muito por aí
mulheres que são eleitas
E alguns buscando impedir
Vejam Dilma, Marielle...
o que sofreram na pele
difícil de engolir
Essas violências todas
não são casos isolados
infelizmente esses casos
são cotidianizados
pela cultura machista
e o triste patriarcado
Somas de outras violências
Também a tantas ocorre
e múltiplos feminismos
da experiência decorrem
movimentos específicos
pelas mulheres incorrem
A lei a todas socorre
ou devia socorrer
a questão é que os entraves
culturais que a gente vê
atrasam essas demandas
do que a lei nos prevê
Quando se é negra ou indígena
Mulher cigana, ou sem teto,
vinda de comunidade,
tratada como objeto,
mulher lésbica ou trans,
algo "fora dos padrões"
do normativo espectro
O Estado também promove
violência contra a gente
a violência obstétrica
é um assunto presente
coerção policial
e a violência estatal
Pode vir do presidente
Quando a gente elege alguém
que exerce a misoginia
que tem o ódio as mulheres
de uma forma doentia
é provável que nos queiram
tirar direitos um dia
E é fato esse bilhete
tem exemplos por aqui
quando a extrema direita
passou a nos presidir
sempre querendo criar
formas de nos deletar
modos de nos destruir
"Jogo das identidades"
por lá é utilizado
mulheres anti-mulheres
são fantoches do Estado
e umas ministras sinistras
a enganar nossas vistas
são braços manipulados
São necessárias políticas
Que empoderem de fato
Que estejamos em cena
criando o nosso ato
Que possamos ocupar
Aqui e todo lugar
Sem veto nem desacato
A Lei Maria da Penha
foi uma grande conquista
mulher que quase foi morta
que se tornou ativista
pela vida das mulheres
por força que nos assista
Outras tantas são exemplos
Das lutas cotidianas
E as heroínas da pátria
Titulações soberanas
Dão luz à grandes mulheres
De lutas que se irmanam
Professoras, cientistas,
Compositoras, arteiras
Obstetras e parteiras
Mães, guerreiras e artistas
Tantas a perder de vista
Queriam elas caladas
Com sua força ofuscada
Mas foram protagonistas
Na poesia de cordel
Contei de modo geral
O que limita as mulheres
E a raiz desse mal
Que a gente possa lograr
De um tempo mais igual