quarta-feira, setembro 26, 2007

carta avante


caro,

deixei os teus agrados no mar, que a maré, quando encher, os devora.
e assim, eles vão embora, e assim deles não sinto saudade de dor no peito.
abrevio que não te chateis, porque foi o jeito que achei de lidar com tão linda presença
que sela e cavalga no rumo oposto.
dessa maneira, pela lindeza que ao azul entrego, e que em ti está incutida,
saudo tua ida,

voôs bem livres!

carinhosamente,

a. mahin.

segunda-feira, setembro 24, 2007

plenitude lacaniana


sentires apegados

as conciências me acordam com umas não palavras

era a lígua que falam os bebés...

que falam as plantas, os desenhos talvez falem outra língua parecida...

ainda espero q esse samba cante


teu despreso repartia o inteiro

eu em reza pedia teu cheiro

tu distante me olhava e ria

eu em tom de te sentir mais perto

não enxergava o teu peito aberto

triste pensar que inda me atraía


mas alimento essa situação

reengolindo o coração da mão

sendo meu pão essa paixão macia

que mesmo perto estando tão distante

ainda espero que esse samba cante

e mate a coisa que nos distancia


amor perdoa a imaturaidade

é que eu sinto tanta da saudade

que até me calo, fico com vergonha

e remoeendo esse canto mudo

penso que tu devias ouvir tudo

e se ganhando mais a gente ganha.