Esdras
trabalha na livraria.
Só
podia. Ser livreiro.
Há
tempos escrevi umas cartas a ele.
Cartas
de criança,
de cristã,
de Cristo.
Ele
escreveu umas talvez
muito
belas, bem escritas, de escritor...
Mas
quardou todas para si.
Cada
qual num canto...
Marcando
livros,
preenchendo
gavetas.
Mas
é esse o sentido, não?!
Não
me iludo, pois muito me serve todo conteúdo.
Quando
a gente escreve é pra gente mesmo.
Pra
melhorar nossa alma
No
caminho do cinema...
Nossa
projeção.
Poder
expor na galeria da esquina
As
linhas cruzadas e as rimas
Das
sinas felinas
das
palmas das mãos.
Sem
preocupação.
Na
calma da paz
da
pós-explosão.
Sozinho,
vizinho,no caminho
na
linha,na caneta, na contra mão.
Quando
a gente inventa é assim
pra
nossa própria venta
ficar
erguida.
Na frente
do vento.
Desmedida.
Quando
a gente
em
paz velha e cotidiana
vai
chupando cana
sem
preocupação.
Quando
a gente escreve e manda
demanda
muita coisa
da
vida zelosa.
Dádiva
que se joga,
que
se pisca.
Quando
a gente risca
tudo
se (des)entende ao pé da letra, à risca.
E
não era nada daquilo no fim.
Gosto
ruim, é o que fica, é o que acaba ficando
quando
a palavra vem assim, com um fim, querendo resposta...
Demanda
muito pantim, é uma bosta...
Mas
depois acaba melhorando.
2010.
Várzea.
3 comentários:
Adorei!
é uma bosta...
Mas depois acaba melhorando.
:)
que massa que gostou, nunca sei se alguém lê... :)
Postar um comentário