Sem alarde
Mas ainda assim
A escrita fugaz das telas
Fica aqui, mas logo some
Nos mecanismos
Digitais
Escrevo apagada
Como quem some
Entre escombros
Tento escrever sobre
Essas almas
Corpos que vejo nas telas
E aqueles que sequer vejo
Que somem com suas memórias
Na poeira
Uma criança que pergunta ao tio
"Meu pai inda está vivo?"
Ao vê-lo no chão amarelo
Ao tentar buscar comida
A falsa ajuda
que nada tem de humanitária
Um cotidiano de cenas
A rima ao som entoado
Dos palestinos que cantam
Apesar dos sons de morte
Solares,
Trazendo eclipses
Nas luas de seus versos
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