a poeta triste
que os outrxs
reparam com pena
Quero a coragem
dos que sonham
E acreditam
Não quero
um delírio-precipício
Espatifado na queda
Quero a coragem
dos pés
Buscando o chão nutriz
Enraizando o sonho
Na terra
Eu quero a coragem
Dos que amam
E profetizam
O amor
Na vera
Aqueles que fazem a hora
Que criam à história
Surfando os medos
Quero criar barcos
Pontes, e cafés bibliotecas
Lugares de conversa
De olhos
Nos olhos
Alimentar o analógico
O desplugado
Carregar-se do outro
Escuta, ombro, colo
Abraço
Mãos dadas
Ciranda na praia
Banho de mar
Energia do Sol
Quero ser fresta
Onde estiver
Que esteja
bem firmemente encarnada
Pra trocar
Dar e receber
as narrativas
do mundo
E o desmundo
Mundovirar
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