quinta-feira, fevereiro 21, 2019

Omar

Omar desceu girando do cosmo
Se esparramou entre as frutas da Ceasa
Com as marés nos olhos nos espumou como as bebidas curtidas
Sábio de antigos desertos
De certo um imã, um irmão
No nome o som da criação criança, da graça
Os lábios do doce das tâmaras místicas alucinadas do Saara
Canção de oásis seu peito
Solto entre as palmeiras que abanam o tempo
Pés nas alpargatas, nas areias, nas estrelas, nos passos, nos Caminhos, no claustro, nos abismos, na amplitude, no vôo

Gemido arabesco de pássaro

Omar retorna conosco, somos gratos
Honrados com a sua majestade simples
Dou-te o veludo do meu leite e colo trigueiro
Te aninha em mim, ave santa
És, junto á Esmeralda, o tesouro antigo
Que entre mistérios minou
Gemas sementes tomadas pelo sopro
Dois milagres

Nenhum comentário: