quinta-feira, novembro 30, 2006

algum novembro da vida


Ainda bem
Que você cortou essa ração que me fornecia
Deixou de alimentar minha poesia
Meu vão

Agora, ainda bem
Já consigo entender melhor
E como mulher me proponho a ser gente
E diferente de antes me ponho a nossa frente
E te proponho voz

Nesse instante, ainda bem
Que você entende
E estende um pouco mais teu varal de roupa pra perto de mim
Que inda apesar de molhada e condensada
Que pouco evapora de quase nada que pinga no fim

Ainda bem
Que mesmo que pouco ainda
-e até pelo veto-
Eu, comigo, consiga
aprender amar-te
como se ama a um neto.

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